A candidata da Coligação Unidos por Ponta Delgada (PS, BE, PAN e LIVRE), Isabel Almeida Rodrigues, defendeu que as cooperativas de habitação devem ter um papel central na resposta à crise habitacional do concelho, assegurando mais oferta a preços acessíveis para jovens, famílias e classe média.
“Vamos incentivar a criação de cooperativas de habitação, disponibilizando terrenos municipais por valores reduzidos ou cedendo o seu uso por períodos prolongados, sempre mantendo a propriedade pública. Queremos também reduzir burocracia e taxas municipais, apoiando os processos de licenciamento das cooperativas. Esta será uma forma de criar soluções acessíveis, sustentáveis e enraizadas nas comunidades”, afirmou.
Isabel Almeida Rodrigues, que falava à margem de uma reunião com a Cresaçor, lembrou que Ponta Delgada é uma das cidades do país com preços de habitação mais elevados e com uma das taxas mais reduzidas de habitação pública. “A inflação e a especulação imobiliária agravaram ainda mais o problema e tornaram impossível a muitos jovens e famílias de classe média o acesso à compra ou ao arrendamento”, alertou.
Além das cooperativas, a candidata destacou o programa Habitação Ponta Delgada 2025, apontando, ainda, a necessidade de revisão do PDM e a elaboração da Carta Municipal de Habitação, o reforço do parque público habitacional com construção e reabilitação de imóveis municipais, a recuperação de edifícios devolutos para arrendamento acessível e a criação de residências para estudantes.
A candidata comprometeu-se também a combater a pressão especulativa provocada pelo alojamento local. “É essencial ordenar e limitar o alojamento local em áreas críticas, para proteger a oferta de arrendamento de longa duração para residentes”, sublinhou.
“Habitação acessível não é apenas uma política social: é uma condição para fixar jovens, apoiar a classe média, travar o abandono das freguesias e dar a Ponta Delgada o futuro que merece. Com as cooperativas, com investimento público e com planeamento, podemos construir uma cidade justa e equilibrada para todos”, concluiu Isabel Almeida Rodrigues.
